Todos os livros de mundo
felicidade alguma hão de trazer-te,
pois te remetem misteriosamente
em retorno a ti mesmo.
Aqui tens tudo de que necessitas:
sol, estrelas e lua
– pois a luz que querias
em ti mesmo reside.
Sabedoria, que tanto buscavas
em bibliotecas,
em cada uma destas folhas brilha agora:
e é tua, toda.
In Antares, Antologia poética. Trad. de Geir Campos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1976, p. 111.
Você concorda? Os livros de Hermann Hesse, lidos especialmente na minha juventude, foram experiências interiores inesquecíveis (além de estéticas, claro). Apenas porque me mostraram o que estava dentro de mim, leitor? Ou porque me permitiram vivenciar e compartilhar as experiências narradas pelas personagens criadas pelo autor - nascidas das suas vivências?
"Os livros não transformam o mundo. Os livros só transformam as pessoas. As pessoas é que transformam o mundo" era o mote (versos de Mário Quintana?) da Editora Brasiliense, de Caio Graco Prado.
Será isso?
3 comentários:
Até hoje SIDARTA me fascina!
Ler Herman Hesse na adolescência foi uma viagem para recantos de mim que não conhecia... me deixava retorcendo idéias, sentimentos e mil coisas fascinantes e sem muita explicação.
sou suspeita para falar, amo HH e amo os livros. Fico feliz em ver esse belo poema de HH, mais conhecido pela sua prosa (e que prosa!), no seu blog. Parabéns pelo trabalho. Pode deixar que serei leitora e participante sempre que possível. bjos grandes, meus, de Sidarta, Emil Sinclair, Harry Heller, Hermínia, Demian e todos os demais seres que habitam o universo do grande HH!
Postar um comentário