Escrevo meus livros só nas horas vagas de minhas outras ocupações. No Brasil ainda é raro o escritor que pode viver dos seus próprios livros. Me dedico por isso ao jornalismo e ao professorado, que são ocupações sempre de ordem intelectual, e me conservam dentro da minha realidade primeira que é a arte. Gosto porém muito de arte culinária, invento pratos, e creio mesmo que se tivesse nascido noutra classe, seria algum cozinheiro famoso. E gosto enormemente de comer bem.
In “1933 – Resposta ao inquérito sobre mim pra [Editora] Macaulay”, nº 5, do livro Entrevistas e depoimentos, organizado por Telê Porto Ancona Lopez, publicado pela extinta T. A. Queiroz (TAQ), de S. Paulo, em 1983, p. 40.
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