Hoje: 196 anos da morte de Frei José Mariano da Conceição Veloso
(14-10-1741/13-6-1811)
O título acima foi o lema com que Frei Veloso desenvolveu seu trabalho de editor, em Lisboa, inclusive como responsável pela Casa Literária do Arco do Cego, de 1799 a 1801, sob a proteção de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Ministro da Marinha e do Ultramar, da rainha D. Maria I (mãe do futuro D. João VI). E foi também o título da exposição organizada pela Biblioteca Nacional, de Portugal, comemorativa do bi-centenário do Arco do Cego, para o qual se organizou um cuidado livro-catálogo com excelentes estudos sobre Frei Veloso e, especialmente, sobre seu trabalho à frente do Arco do Cego, assinados por Diogo Ramada Curto, Maria de Fátima Nunes e João Carlos Brigola, Margarida Ortigão Ramos Paes Leme, Manuela D. Domingos, Miguel F. Faria e Ana Paula Tudela, com o título A Casa Literária do Arco do Cego, editado pela Biblioteca Nacional e a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em 1999.
Miguel Faria, no estudo que dedica à importância das imagens nas edições do Arco do Cego, destaca (p. 120) que “a preocupação de fazer chegar ao maior número possível de leitores uma informação acessível e prática é visível nos comentários de Veloso”, quando cita a crítica deste ao “ócio literário” de autores cujas obras “jamais servirão para o conhecimento dos camponezes, como desconhecedores da linguagem em que são escriptas e apenas para algum rico proprietário”, o que fez com que se tenha dedicado tanto à tradução de obras “para que nada falte a estes homens úteis, que habitão os campos, e sustentão as Cidades”.
A bela edição Flora Fluminensis – Estudos preliminares, publicada, também em 1999, pelo Centro de Memória e Documentação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Governo do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da FINEP e da Fundação Vitae, conta com estudos de Frei Thomaz Burgmeier, Haroldo C. de Lima e Darcy Damasceno, além das apresentações institucionais de André Corrêa, secretário de Estado, e Eduardo Portella, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, mas nela se destacam as reproduções das imagens da Flora Fluminensis - a obra maior do naturalista Frei Veloso - arrematadas em leilão da biblioteca dos Marqueses de Castelo Melhor, em 1879, e que foram incorporadas ao fundo precioso da Biblioteca Nacional, do Brasil.
No estudo “Frei José Mariano da Conceição Vellozo, naturalista e editor” o crítico Darcy Damasceno afirma (p. 25) que “há na atividade editorial de Frei Vellozo certa manifestação de incipiente sentimento nativista, que se percebe não só na titulação do enciclopédico O Fazendeiro do Brazil, mas, também, nas dedicatórias, introduções ou advertências dos vários volumes.”
Entendemos ser a Casa Literária Arco do Cego, vamos repetir, a primeira editora brasileira, em que pese estar sediada em Lisboa, e sobre isso certamente voltaremos a escrever, rara ou raro leitor que nos tem honrado com suas visitas e leituras.
Miguel Faria, no estudo que dedica à importância das imagens nas edições do Arco do Cego, destaca (p. 120) que “a preocupação de fazer chegar ao maior número possível de leitores uma informação acessível e prática é visível nos comentários de Veloso”, quando cita a crítica deste ao “ócio literário” de autores cujas obras “jamais servirão para o conhecimento dos camponezes, como desconhecedores da linguagem em que são escriptas e apenas para algum rico proprietário”, o que fez com que se tenha dedicado tanto à tradução de obras “para que nada falte a estes homens úteis, que habitão os campos, e sustentão as Cidades”.
A bela edição Flora Fluminensis – Estudos preliminares, publicada, também em 1999, pelo Centro de Memória e Documentação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Governo do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da FINEP e da Fundação Vitae, conta com estudos de Frei Thomaz Burgmeier, Haroldo C. de Lima e Darcy Damasceno, além das apresentações institucionais de André Corrêa, secretário de Estado, e Eduardo Portella, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, mas nela se destacam as reproduções das imagens da Flora Fluminensis - a obra maior do naturalista Frei Veloso - arrematadas em leilão da biblioteca dos Marqueses de Castelo Melhor, em 1879, e que foram incorporadas ao fundo precioso da Biblioteca Nacional, do Brasil.
No estudo “Frei José Mariano da Conceição Vellozo, naturalista e editor” o crítico Darcy Damasceno afirma (p. 25) que “há na atividade editorial de Frei Vellozo certa manifestação de incipiente sentimento nativista, que se percebe não só na titulação do enciclopédico O Fazendeiro do Brazil, mas, também, nas dedicatórias, introduções ou advertências dos vários volumes.”
Entendemos ser a Casa Literária Arco do Cego, vamos repetir, a primeira editora brasileira, em que pese estar sediada em Lisboa, e sobre isso certamente voltaremos a escrever, rara ou raro leitor que nos tem honrado com suas visitas e leituras.
2 comentários:
Aníbal
Compartilho consigo essa ideia do pioneirismo da Casa Literária do Arco do Cego: é basilar para a imprensa do Brasil! Não conheço o livro de Frei Veloso que refere e agradecia que me enviasse os dados biblioráficos do mesmo. Poderá ser?
E, já agora, encontrou mais obras ao Arco do Cego, para além das elencadas na obra editada em Portugal? Era muito interessante saber se na BN do Brasil há alguma «colecção» como a que vem no livro.
Cordiais saudações da Manuela D Domingos
Caro Anibal
Utilizei a imagem da Flora Fluminensis para fazer uma postagem sobre frei Veloso e Tiradentes e gostaria de saber a origem da mesma; o convido tambem a leitura do texto em: http://arboretto.blogspot.com/,
e o envio para sua amiga se ja nao o fez do link para a flora fluminensis.
atenciosamente, um abraco Lucia
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