terça-feira, 3 de julho de 2007

A escrita, o livro e a tipografia, de Cecília S. Schmidt

Este pequeno livro talvez tenha sido um dos primeiros – se não o primeiro – a ser publicado em português sobre o tema, direcionado para o “grande público”. Além de um capítulo sobre cada um dos subtemas do título, inclui apêndices sobre: O comércio de livros; bibliotecas; e bibliófilos e bibliômanos! Em sua apresentação lê-se:

“A escrita, o livro, a tipografia – três invenções sublimes do engenho humano, completando-se maravilhosamente. Ao descobrir a primeira, o Homem achou mais um processo de transmitir o pensamento, com vantagens sobre o som e o gesto, únicos meios de que até então dispusera. Depois, quando formou o livro, reunindo nele a sabedoria vinda de geração em geração, a história do seu povo ou da sua alma – criou o maior instrumento do progresso humano. Finalmente, com a tipografia, o frágil receptáculo de idéias tornou-se, pela sua rápida e fácil multiplicação, praticamente indestrutível”.

O volume inaugura a seção – Os Inventos Sensacionais – da "Enciclopédia Popular" da "Pequena Biblioteca de Iniciação Cultural", dirigida por A. Vieira d’Areia, que o traduziu do alemão.

Sobre a autora nada conseguimos descobrir. A edição, de 151 páginas, foi feita pela Agência Editorial Brasileira, de José Rodrigues Júnior, Editor, sendo composta e impressa na Tipografia Americana, da Rua da Horta Seca, 50, em Lisboa. A bibliografia indicada, que soma 37 itens, tem apenas 3 em francês, todos os demais são em alemão.

O interessante nessa edição é sua data, 1945. Sim, houve um tempo em que se oferecia em uma Enciclopédia Popular uma singela e boa História do Livro!

O clássico O aparecimento do livro (L’Apparition du livre), de Lucien Febvre e Henry-Jean Martin, só seria dado à luz em 1958, inaugurando na tradição francesa a disciplina acadêmica de estudos da História do Livro. Seria publicado em português somente em 1992, em co- edição Editora da UNESP com a Hucitec, traduzido por Fulvia M. L. Moretto e Guacira Marcondes Machado.

Você, rara ou raro leitor, sabe algo mais para nos dizer sobre essa edição pioneira? E sobre a essa autora?

2 comentários:

Penha disse...

Não vou falar de Cecilia, vou falar de você.

Parabéns!

Penha(ainda se lembra de mim?)

Encontrei com o Renato!

Abraços!

Você tem orkut ou msn?

Aníbal Bragança disse...

Penha,
há pessoas de que não esquecemos nunca. Fico contente com seu registro. Tenho orkut sim (aliás 2 páginas, sendo uma "falsa"). Irei procurá-la lá também.
Espero que esteja bem e feliz.
Um carinhoso abraço,
Aníbal