quinta-feira, 29 de julho de 2010

Conferências de Jean-Yves Mollier no Brasil - O Dinheiro e as Letras



O prof. Jean-Yves Mollier volta ao Brasil para o lançamento de seu livro O Dinheiro e as Letras - História do Capitalismo Editorial (Edusp), e irá fazer conferência sobre o tema na UERJ, dia 10 de agosto, na USP, dia 12, e na Universidade Tuiuti, em Curitiba, no dia 13. Será uma oportunidade que se oferece, ao menos aos que estarão perto, para conhecer melhor o pensamento e o trabalho de um dos grandes historiadores do livro na atualidade. 
A conferência será em francês, com tradução em português concomitante (em texto). 
O livro deverá estar à venda (para autógrafos) nos locais, mas se poderá adquirir também diretamente à Edusp www.edusp.com.br , onde habitualmente, professores têm desconto!

O prof. Mollier fez conferências no I e no II Lihed, com bastante sucesso. Anteriormente foram lançadas no Brasil outras obras suas: A leitura e seu público no mundo contemporâneo (Ensaios sobre História Cultural), pela Autêntica; O Camelô, figura emblemática da Comunicação, pela Edusp, e o livro que organizou com Eliana Dutra, Política, Nação e Edição: O lugar dos impressos na construção da vida política, pela AnnaBlume.

Alguns textos seus estão disponíveis no site do Lihed www.uff.br/lihed .

A viagem de Mollier ao Brasil coincidirá com a realização da Bienal do Livro, em São Paulo, onde também seu livro e ele próprio, certamente, estarão presentes.

Seja bem-vindo!
  

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais


Dia Mundial do Livro 2010. Ministério da Cultura (Portugal) 

Na Catalunha, hoje, dia de São Jorge, seu padroeiro, há a tradição de trocar livros e rosas. A UNESCO passou a comemorar a data como Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, lembrando também que neste dia, no ano de 1616, morreram três grandes ícones da literatura universal: Miguel de Cervantes, William Shakespeare e o peruano Inca Garcilaso de La Vega (mais conhecido no mundo hispânico). 

No Brasil a data é toda de São Jorge. Ainda assim, vale lembrar aos raros leitores o lançamento de duas obras que interessam aos que amam e estudam o livro: Letra Impressa: Comunicação, Cultura e Sociedade, organizado por Eduardo Granja Coutinho e Márcio Souza Gonçalves, publicado pela Editora Sulina, e A Questão dos Livros: Passado, presente e futuro, de Robert Darnton, a ser lançado este mês pela Cia. das Letras. 

São Jorge, rosas, livros, amizades e leituras, ingredientes do que poderia ser uma bela festa aqui também. Enquanto isso, quero estar nesse dia em Barcelona!


sexta-feira, 9 de abril de 2010

Niterói, com as chuvas, mostra suas entranhas e sua ‘verdadeira face’

A cidade de Niterói, cuja propaganda oficial fazia crer que tinha se tornado uma cidade de bem-estar e qualidade de vida, com as chuvas que castigam a região metropolitana do Rio de Janeiro, mostrou-se por inteiro. As áreas marginais e a população pobre ou miserável, sempre esquecidas, passaram a primeiro plano. Suas carências e fragilidades, decorrentes do abandono e da exclusão a que foram condenadas pelos sucessivos poderes municipais, estaduais e federais, são expostas em rede nacional.


Vê-se também sua força, resistência e indignação diante da tragédia, anunciada e ignorada.

A indústria da construção civil e a especulação imobiliária têm estado no centro das políticas públicas na cidade, mostrando uma Cidade Sorriso maquiada para vender. Tomamos consciência, todos que amamos Niterói, que ela é também um retrato fiel do país. Vivemos em uma sociedade de abissal desigualdade, injusta, excludente, onde os poderes públicos se voltam primordialmente para aqueles que financiam suas milionárias campanhas e lhes dão sustentação na mídia e na opinião pública.



A calamidade está ainda em curso, mas ela já nos fez mais conscientes da vulnerabilidade e da força populares que existem na cidade. Que o poder da natureza desperte nossas elites e autoridades para suas responsabilidades e o cidadão comum para a solidariedade.


Você conhece Niterói, rara leitora? Está acompanhando o desenrolar da tragédia?

1° Congresso Internacional do Livro Digital – O que ficou?

Imagem de uma das mesas, 30/3/2010..Foto AB.

O Congresso, impecável na sua organização, poderá ser, rara leitora, um marco na transição do mundo impresso para o mundo digital que estamos vivendo e minha impressão foi excelente. O evento, realizado no Maksoud Plaza, em São Paulo, teve a participação de cerca de 500 profissionais da área editorial e livreira, com 16 palestrantes e conferencistas, entre nacionais e estrangeiros. A organização e realização foram da CBL, Frankfurter Buchmesse e Imprensa Oficial (SP).

Os principais tópicos discutidos, na minha percepção (não assisti a tudo), foram:

- Como aproveitar as possibilidades abertas no mundo digital, especialmente as redes sociais e blogs, para promover a divulgação e a venda das edições impressas, incluindo aí a mobilização dos autores, divulgando suas obras não só, como antes, em lançamentos e autógrafos, palestras etc., como também nos seus espaços virtuais, muitas vezes com a divulgação de parte do conteúdo, ofertas de exemplares etc, como também através da mobilização dos leitores, com resumos, comentários, críticas etc.

- Como aproveitar esses mesmos espaços para editores garimparem autores e textos para publicação impressa;

- Como lidar com as novas possibilidades abertas pelas novas mídias para a virtualização, distribuição e venda de livros digitais.

- Como manter a lucratividade nos negócios, especialmente a dos livros impressos, com cuidado enorme em NÃO BARATEAR demais os livros digitais.

- Como negociar com autores a remuneração dos direitos autorais e a venda dos livros digitais através das livrarias, com acentuada tendência à redução dos percentuais praticados nos livros impressos.

- Quais as perspectivas na educação para os livros didáticos digitais?

- Como está no Brasil a recepção do leitor aos aparelhos de leitura digital e mesmo à leitura de livros digitais?

- Como ficará o papel do editor de livros com a digitalização crescente e o acesso universal ao conhecimento através das redes? será o de fornecedor de conteúdos para a rede e as mídias portáteis ou continuará sendo o que "faz" os livros e os coloca no mercado? 

Não houve respostas consensuais nem conclusivas. Mas todos tomaram consciência de que estamos no olho do furacão, com mudanças aceleradas que exigem muita atenção, senso de oportunidade e coragem para mudar. 

O tema é muito relevante: sugiro que leia também o artigo de Cristiane Costa, jornalista e professora, publicado na revista Bravo, 152. O texto está acessível também, disponibilizado pela autora, nos Arquivos do e-grupo Cultura Letrada http://groups.google.com.br/group/cultura-letrada?pli=1 . 

Seus comentários serão bem-vindos.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Uma vida luminosa dedicada aos livros: José Mindlin (8/9/1914-28/2/2010)

Foto de Bruno Dorigatti/Lihed, 2004.

A notícia entristece seus familiares, amigos e também todos os que amam os livros. José Mindlin faleceu hoje. Deixa aberta uma vaga na Academia Brasileira de Letras e uma carreira exemplar, na qual sua relação amorosa com os livros foi um traço marcante, superando certamente os do advogado e empresário, bem sucedidos.


Cleber Teixeira, na apresentação que faz do autor de Memórias Esparsas de uma Biblioteca, publicado em 2004 pelo Escritório do Livro (Florianópolis-SC) em co-edição com a Imprensa Oficial (SP), lançado no Rio de Janeiro durante o I Seminário Brasileiro Livro e História Editorial (I Lihed), na Casa de Rui Barbosa (foto acima), afirma: ‘José Mindlin é, e será para sempre, uma referência, um ponto luminoso, um exemplo estimulante de interesse pelos livros, pelas artes gráficas, pelo documento histórico e literário; por tudo, enfim, que faz do leitor comum um bibliófilo’.

Amigo de Mindlin, editor da Noa-Noa, poeta, tradutor e também bibliófilo, Cleber Teixeira, inclui no seu texto algumas histórias de Mindlin e de outros bibliófilos e de suas relações afetivas com os livros, além de apresentar o livro em que seu amigo fala ‘da formação de sua biblioteca, fruto de uma paixão correspondida pelos livros, de um esforço bem sucedido de formação de uma acervo fabuloso, hoje privado mas que por iniciativa da família Mindlin deverá ocupar um prédio próprio no campus da USP’. Sobre esta iniciativa saiba mais em http://www.brasiliana.usp.br/bbm_historia

Além da obra citada, Mindlin publicou, dentre outros, José conta suas histórias/Grupo Verde, Edusc/Imprensa Oficial, 2000, No mundo dos livros, Agir, 2009, além de artigos e prefácios, sendo sua obra fundamental: Uma vida entre livros, Reencontros com o tempo, uma belíssima edição, publicada em 1997, em co-edição Edusp com Companhia das Letras. A Edusp publicou também José Mindlin, Editor, organizado por Tereza Kikuchi, também lançado no I Lihed em 2004, acompanhado de um DVD contendo uma entrevista concedida à mesma Tereza, ambos fontes importantes para se conhecer algumas das atividades de Mindlin em favor da cultura letrada brasileira.

Meu encontro com o sino, Geir Campos



Das igrejas o que melhor recordo são meus contatos (não religiosos) com os sinos, por exemplo.

Havia então em Campos três igrejas mais ou menos próximas, no centro da cidade: duas na Praça de São Salvador, e uma na então Rua da Constituição. E era nos meses de novenas, principalmente, em maio sobretudo, que lá íamos, eu e outros meninos, tocar os sinos para a altissonante convocação dos fieis.

Não havia, em nosso gesto – mais para a brincadeira – a menor intenção sagrada. Em vez disso, o que havia era pura vocação lúdica: puxar as cordinhas dos sinos, dois ou três em cada torre, fazendo-os bimbalhar ao nosso gosto, ou afinal pendurar-nos à corda grossa do sino maior, levando-o a girar num redobro que, para nós, nada poderia ser de lúgubre ou melancólico.
(...)

Tudo isso estava já longe, arquivado na mais doce das lembranças, quando, numa véspera de Natal, minha irmã caçula chegou da rua e colocou em cima da mesa, onde a família acabava de almoçar, um pequeno sino de papelão, que lhe haviam dado de presente, recheado de bombons.

Fiquei olhando aquele sino de brinquedo, fazendo força para pensar em outra coisa; mas sem poder tirar dele a vista. Toda a infância me ocorreu, naquela contemplação contrafeita, a começar pelas subidas às torres das igrejas campistas; e dei por mim com uns versos forçando a saída, tentando-me com força e dar-lhes forma escrita.
(...)

Lutava eu contra a premência de escrever, contra uma espécie de necessidade orgânica; mas com vontade de não ceder, de largar o lápis e o papel, de esquecer aquilo. No mais, o tema seria banal; dali não poderia sair coisa que se aproveitasse. E eu assim resistia, sabotando descaradamente as Musas, coitadas; e elas teimavam, forçando-me a pegar o lápis e a anotar o que me viesse à cabeça, não importava a caligrafia, aliás horrível...

Com aqueles rabiscos, difíceis – mesmo para mim – de ler, saí para dar uma volta; andei mais de meia hora, à toa. Só o que eu não queria era voltar, para não recomeçar tudo aquilo de novo.

Três ou quatro horas mais tarde, quando eu já me considerava com a digestão completamente feita, retomei os papeis rabiscados e comecei a tentar organizar aqueles rabiscos; o que dele resultou foi o poema intitulado “O sino”, último de meu livro Arquipélago. É um dos poemas mais ‘sofridos’ que escrevi: sofrido fisicamente, organicamente sofrido.

Excerto de “Meu encontro com o sino”, in Bragança, Aníbal e Santos, Maria Lizete dos, org. A profissão do poeta & Carta aos livreiros do Brasil. Niterói: Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 2002, p. 139-141. Para comprar: www.estantevirtual.com.br


Hoje, lembra-me Dora Sodré, Geir faria 86 anos. Deixou-nos uma belíssima obra, composta por livros de poesia (dentre outros, Metanáutica, 1970, e Tarefa, 1981), de contos, como O vestíbulo (2ª. ed., 1979), crônicas, peças de teatro, livros infanto-juvenis, teses, ensaios, traduções etc., que o fizeram um dos marcos da literatura brasileira do século XX. Seu ensaio “Carta aos livreiros do Brasil” (1960) continua sendo a melhor análise da situação então vivida no mercado editorial.

Este registro pretende ser uma homenagem ao escritor admirável, ao cidadão combativo, ao amigo terno, e a todos os seus leitores, a quem recomendamos a Antologia Poética, organizada por Israel Pedrosa, editada por Leo Christiano em 2003, que é quase sua obra poética completa. Acesse http://www.leochristiano.com.br/

Você, rara leitora, conhece a poesia de Geir Campos?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Concurso para docente na área de Editoração

A Universidade Federal de Santa Maria (RS) lançou edital de concurso para admissão de docentes que inclui a área de Jornalismo e Editoração. Especialmente na subárea Editoração isso não é comum, assim os que pretendem ingressar na carreira acadêmica em Universidade pública têm um boa oportunidade. Haverá alguém interessado entre nossos raros leitores? Para maiores informações, acesse:
http://w3.ufsm.br/prrh/docentes/0062010/
E boa sorte!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

1º Congresso Internacional do Livro Digital

Nos próximos dias 30 e 31 de março, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, serão apresentadas e debatidas as novas oportunidades para a indústria editorial e para a sociedade oferecidas pelo desenvolvimento das tecnologias digitais, com a participação de vários convidados internacionais. Promovido pela Câmara Brasileira do Livro, em parceria com a Buchmesse Frankfurt, terá também a participação desde blogueiro entre os palestrantes. Como se inscrever e outras informações em:

Montaigne (1533-1592), os livros e a leitura

Não busco nos livros senão o prazer de um honesto passatempo; e nesse estudo não me prendo senão ao que possa desenvolver em mim o conhecimento de mim mesmo e me auxilie a viver e morrer bem, “essa meta para onde deve correr o meu corcel” (Propércio).

As dificuldades com que deparo lendo, não me preocupam exageradamente; deixo-as de lado, após tentar resolve-las uma ou duas vezes. Se me detivesse nelas, perder-me-ia e perderia meu tempo, pois meu espírito é de tal índole que o que não percebe de imediato menos entende em se obstinando. Não sou capaz de nada que não me dê prazer ou que exija esforço, e atardar-me demasiado em um assunto, ou nele me concentrar demoradamente, perturba minha inteligência, cansa-a e me entristece. (...)

Se um livro me entedia, pego outro e só me dedico à leitura quando não sei que fazer: e o enfado me domina. Quase não leio livros novos: prefiro os antigos que me parecem mais sérios e bem feitos; (...)

A fim de remediar um pouco as traições de minha memória, tão fraca que me aconteceu mais de uma vez voltar, como se não os conhecesse, a livros lidos anos antes com atenção e anotando, habituei-me de uns tempos para cá a escrever, no fim dos volumes que não pretendo tornar a consultar, a data do término da leitura, e, em grandes caracteres, a impressão sentida, ao menos para ter a qualquer momento uma ideia geral do que li. (...)

Montaigne, Michel de “Dos livros”, in Ensaios. Trad. de Sérgio Milliet. São Paulo: Abril Cultural, 1972, p. 196-201.

A obra Ensaios foi publicada inteira, em 3 volumes, postumamente, em 1595, mas em 1580 saíram em Paris os dois primeiros livros, embora o autor tenha afirmado que os escrevera ‘para si mesmo’, sem pensar na posteridade. Desde então influenciou grandes pensadores e tem sido objeto de inúmeros estudos e leituras.

Você, raro leitor, rara leitora, busca na leitura, como Montaigne, principalmente, o autoconhecimento? É partidário(a) do estudo árduo e perseverante ou prefere buscar o prazer nas obras que lê?  Se tem, como enfrenta as dificuldades de leitura de uma obra? Já começou a ler algum livro porque esqueceu que o havia lido?


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Os autores e as suas obras, segundo Schopenhauer (1788-1860)

As obras são a quintessência de um espírito; daí elas serem incomparavelmente mais ricas que o contato pessoal, mesmo quando se trata de um grande espírito, as obras acabam por substituí-lo na essência - e, inclusive, o superam largamente e o deixam para trás. Mesmo os escritos de um espírito medíocre podem ser instrutivos, dignos de leitura e agradáveis, precisamente porque são sua quintessência, o resultado, o fruto de todos os seus pensamentos e estudos; - enquanto a convivência com ele não consegue nos satisfazer. Daí que possamos ler livros de pessoas cuja convivência não nos agradaria e, assim, uma alta cultura espiritual nos leva pouco a pouco a encontrar entretenimento quase exclusivamente com livros e não mais com as pessoas.

In Schopenhauer, Arthur. Sobre livros e leitura / Über lesen und bücher. Trad. de Philippe Humblé e Walter Carlos Costa. Porto Alegre (RS): Paraula, 1993.

Creio que todos os que já publicaram livros compreendem bem o que afirma o filósofo alemão. Na preparação de uma obra busca-se sempre excluir o que é secundário ou imperfeito, em uma luta para alcançar o melhor. Nesse sentido, a obra será sempre superior ao autor, porque ela reflete o melhor que ele tem a oferecer naquele momento. Já a vida não dá pra recortar. Mas não chegaríamos por isso à mesma conclusão de Schopenchauer. Esta a proposta de reflexão ou discussão que lhe propomos, rara leitora. Participe. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Brasileiros entre 15 e 64 anos: só 25% são plenamente alfabetizados!

O título poderia ser: caiu o índice de ‘analfabetos funcionais’, já que pesquisa recente mostrou que houve redução do número de brasileiros nessa condição, de 34%, em 2007, para 28%, em 2008. Destes, 9% não conseguem ler qualquer escrito, os demais têm o chamado ‘alfabetismo rudimentar’.


Já o percentual dos que dominam apenas o ‘alfabetismo básico’ é de 47%. Somados aos brasileiros considerados ‘analfabetos funcionais’ chega-se aos 75% da população que certamente não conseguem ler um livro e compreender um texto complexo.


Os resultados do Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional (Inaf), elaborado pelo Instituto Paulo Montenegro, alertam para o quanto é necessário investir em educação e em políticas públicas para redução das desigualdades sociais (rompendo com a política de concentração de renda praticada pelos diferentes governos há décadas) para que o povo brasileiro tenha mais oportunidades de melhorar sua qualidade de vida e de participar da riqueza material e simbólica do país.


Para conhecer saber mais sobre a pesquisa e todos os resultados acesse a página:
 http://www.ipm.org.br/ipmb_pagina.php?mpg=4.03.00.00.00&ver=por

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

É hora de renovar práticas, projetos e sonhos

Inauguração da árvore de Natal flutuante na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, 2009. Foto de JLV.
Os marcos cronológicos despertam reavaliações e novos objetivos. É hora de agradecer aos companheiros e companheiras de jornadas, pelas pequenas ou grandes conquistas, aos nossos raros e raras leitoras, que tiveram a paciência de aguentar este longo interregno, à família e entes queridos que suportaram a falta de tempo e atenção. Este que se encerra foi um ano vitorioso e difícil, onde o que foi alcançado nos trouxe gratificações imensas e criou novos compromissos, que exigem grande dedicação neste 2010. Que possamos continuar, cada um com seus desafios e utopias, a cumprir metas e a nos encontrar, pessoalmente ou de forma virtual.
Meus votos, rara leitora, são por muitas alegrias nesta passagem, realizações, sonhos, expansão e recolhimento, e uma vida muito enriquecida em 2010 para você, seus entes queridos e para todos nós.

Acervo histórico da Francisco Alves já está na rede





Está na rede o novo sítio virtual do Lihed - Núcleo de Pesquisa sobre Livro e História Editorial no Brasil, da Universidade Federal Fluminense (UFF), criado em 2003. Ele inclui as páginas do I e do II Seminário Brasileiro Livro e História Editorial, realizados em 2004 e 2009, com textos e fotos acessíveis. Além disso, oferece o arquivo do acervo histórico da livraria Francisco Alves (1854-1954), com muitas imagens das capas e folhas de rosto das edições, além de detalhadas descrições bibliográficas. É o embrião do futuro Centro de Memória Editorial Brasileira. Clique www.uff.br/lihed e faça uma viagem pelo seu conteúdo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Cultura e mercado editorial - Seminário internacional na ECA-USP




Seminário Internacional
Cultura e Mercado editorial (sec. XIX-XXI)

Editores e livreiros estrangeiros na Paris do século XIX
Profa. Diana Cooper-Richet
(Centre d´histoire culturelle des sociétés contemporaines – UVSQ – França)

Estratégias dos grupos de comunicação no alvorecer do século XXI
Prof. Jean-Yves Mollier
(Centre d´histoire culturelle des sociétés contemporaines – UVSQ – França)

Mediador: Prof. Aníbal Bragança (UFF-RJ)
Coordenação: Profa. Marisa Midori Deaecto (USP-SP)


Data: 10 de dezembro de 2009 (Quinta-Feira)
Horário: 19h30

Local: Auditório Freitas Nobre (CJE-ECA)
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 - bl. A
Cidade Universitária - São Paulo - SP

Realização:
Escola de Comunicações e Artes – Depto. de Jornalismo e Editoração (USP)
NELE (Núcleo de Estudos do Livro e da Edição – ECA/USP)
Edusp – ComArte – ComArte Jr.

Para os estudiosos ou agentes do mundo dos livros é um encontro imperdível, raro leitor. Se está em São Paulo ou para lá se poderá dirigir, não perca. O ingresso é gratuito, mas as vagas são limitadas. As conferências terão tradução para nosso idioma.
Mais informações: tel: (11) 3091.4112

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para o mesmo encontro na Ideal, um novo convite


A Editora Edusp colocou em seu site http://www.edusp.com.br/listaconvite.asp#20091107 o convite acima, criado por Cinzia de Araújo e Fernando Ogushi, que estendemos a você, raro leitor. Até lá.

Se não puder comparecer e desejar adquirir o livro diretamente à Edusp, acesse:
http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=411519

domingo, 1 de novembro de 2009

De volta à atividade com uma boa notícia


Rara e raro leitor,
após tanto tempo sem trazer-lhes notícias, retorno ao convívio com o convite para um encontro no tradicional Calçadão da Cultura da Livraria Ideal, em Niterói, no próximo sábado, dia 7, quando serão apresentadas as novas edições dos livros Livraria Ideal, do cordel à bibliofilia, em caprichada edição da Edusp e Com-Arte, e do clássico do mestre Israel Pedrosa, Da cor à cor inexistente, em sua 10ª edição, comemorativa, agora a cargo da excelente editora do Senac.
Estará também disponível o último livro de ensaios do mestre da cor, que inclui um belo texto sobre Monteiro Lobato e a questão modernista.
Será uma oportunidade para encontros e reencontros entre amigos em torno de livros.
Quem sabe nos veremos lá?

Para saber mais sobre o livro Livraria Ideal, acesse a entrevista concedida à Rádio Usp, no programa Sala de Leitura, apresentado por Jorge Vasconcelos; está apresentada em dois programas de 5 minutos:

1a. parte (5'):http://www.radio.usp.br/programa.php?id=80&edicao=091020
2a. parte (5'):http://www.radio.usp.br/programa.php?id=80&edicao=091022

E aproveite para colocar o programa entre seus favoritos.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ainda o II Lihed - Participe Últimas vagas


Raro leitor, se quiser conhecer mais do II Lihed acesse www.uff.br/lihed. Ainda restam algumas vagas e você pode ser um dos privilegiados que participarão deste encontro acadêmico especial.
Convido-o ainda a ler a entrevista que concedi a Jorge Vasconcellos, repórter do portal da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU) clicando aqui:
http://www.abeu.org.br/noticias.php?id_noticia=177




terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

II Seminário Lihed




É com satisfação que comunico a você, raro leitor, que está tudo sendo preparado com muito carinho para que o II Seminário Brasileiro Livro e História Editorial (II Lihed) seja um encontro memorável para todos os que estudam, pesquisam e trabalham no campo do livro, da leitura e da história editorial.

A abertura será na Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, com o "Diálogo Brasil-França: Livros e leituras: teorias e práticas", no dia 11 de maio; a seguir, nos dias 12 e 13 teremos o "Colóquio Internacional: Arquivos, Memória Editorial e História da Vida Literária" na Academia Brasileira de Letras, onde também será feita a abertura do II Lihed com a conferência de Jean-Yves Mollier, da Université de Versailles-Saint-Quentin en Yvelines - UVSQ (França), "A história do livro e da edição, observatório privilegiado do universo mental dos homens dos séculos XVIII a XX". Os dias seguintes terão sua programação desenvolvida na Universidade Federal Fluminense, em Niterói.

Muitos convidados nacionais já confirmaram a presença, assim como os convidados franceses: Roger Chartier, Jean-François Botrel, Diana Cooper-Richet, Michel Melot, Frédéric Barbier e André Vauchez, e também Manuela D. Domingos, da BN-Lisboa.

O site do Seminário www.uff.br/lihed estará acessível, a partir de amanhã, 11 de fevereiro, com as informações gerais, inclusive sobre inscrições. Participe!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Sandra Medeiros: Célula tipográfica e epitáfio para Tide Hellmeister


Sobre a Célula Tipográfica:

Há 5 anos, pesquisadores, tipógrafos e estudantes, reunidos na Célula Tipográfica, movimentam Vitória e o Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo.(...)

A denominação escolhida, Célula Tipográfica, levou em consideração a concepção do núcleo como uma pequena unidade estrutural e funcional reunindo pessoas com os mesmos ideais de prática e pesquisa, principalmente em torno da menor unidade da palavra, a letra, na sua forma caligráfica, sólida (os tipos móveis) e digital.

A partir da prática caligráfica e com vistas à futura construção de fontes, a Célula tem promovido workshops de caligrafia ocidental e oriental, a produção de cartões-postais e o desenvolvimento de projetos maiores como as coleções Tipografia de Bolso e Amostra Grátis. (...)

Leia o texto completo de Sandra Medeiros sobre a Célula Tipográfica nos arquivos do e-grupo Cultura Letrada:
http://groups.google.com/group/cultura-letrada/files?hl=pt-BR

*

O velho Tide (o jornalismo perde um mestre)

Fiquei sabendo, tardiamente, que o artista gráfico Tide Hellmeister não resistiu a um enfisema e a uma cirurgia no coração e deixou a nossa convivência no último dia 31 [de dezembro]. Não é mais notícia, mas o fato tem alcance, afeta o jornalismo, as artes gráficas, o design, a arte: ficou um espaço que não se preenche. Perdemos um profissional dos mais sérios, criativos, realizadores. Não são poucos os projetos pioneiros de Tide e aqueles que conhecem a sua história sabem disso: de autor do importante Técnica Tipográfica à coluna Significado do significado (no Diário Popular) Tide fez de tudo e um pouco mais. Querido e admirado no meio editorial e gráfico, ele foi um dos criadores da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a notória ECA-USP; da Cásper Líbero; da Escola Superior de Propaganda e Marketing. (...)

Leia o texto completo do belo epitáfio escrito por Sandra Medeiros nos arquivos do e-grupo Cultura Letrada:
http://groups.google.com/group/cultura-letrada/files?hl=pt-BR

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Raro leitor, em tempo de preparativos do II Seminário Brasileiro Livro e História Editorial, que se realizará de 11 a 15 de maio próximo, recebi dois textos da professora e designer Sandra Medeiros, da Universidade Federal do Espírito Santos, querida amiga, que me permitiu oferecê-los também a você. Espero que os aproveite.

Conheça mais de Sandra Medeiros em LetraG http://es.letrag.com/blogosfera.php?id=82

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cristovam Buarque para a Direção Geral da Unesco

Rara leitora, há uma iniciativa em movimento, nascida na sociedade civil, de apoio à indicação, pelo governo brasileiro, do Senador Cristovam Buarque como candidato na eleição de 2009 para a Direção Geral da Unesco.

Acreditamos que o nosso senador terá, como poucos, o perfil ideal para essa importante missão de ajudar a transformar o mundo pela educação para todos.

Se você deseja apoiar a indicação, acesse e assine a petição que está na página da Associação de Produtores Teatrais Independentes (APTI):

http://www.apti.org.br/unesco.html

E vamos manter a esperança de poder, com nossas ações simples, ajudar a construir um mundo melhor.