sexta-feira, 9 de abril de 2010
Niterói, com as chuvas, mostra suas entranhas e sua ‘verdadeira face’
Vê-se também sua força, resistência e indignação diante da tragédia, anunciada e ignorada.
A indústria da construção civil e a especulação imobiliária têm estado no centro das políticas públicas na cidade, mostrando uma Cidade Sorriso maquiada para vender. Tomamos consciência, todos que amamos Niterói, que ela é também um retrato fiel do país. Vivemos em uma sociedade de abissal desigualdade, injusta, excludente, onde os poderes públicos se voltam primordialmente para aqueles que financiam suas milionárias campanhas e lhes dão sustentação na mídia e na opinião pública.
A calamidade está ainda em curso, mas ela já nos fez mais conscientes da vulnerabilidade e da força populares que existem na cidade. Que o poder da natureza desperte nossas elites e autoridades para suas responsabilidades e o cidadão comum para a solidariedade.
Você conhece Niterói, rara leitora? Está acompanhando o desenrolar da tragédia?
domingo, 6 de julho de 2008
Sávio Soares de Sousa, Rapsódia para sanfona
dá-me agora um empurrão:
minha trova é uma canoa
rumo aos rios do sertão.
Sanfona bem afinada,
baixa o tom, sobe um bemol:
minha trova é uma jangada
com a vela inchada de sol.
Maquinista à moda antiga,
para engrenar vida nova,
ponho um truque de cantiga
nos trilhos da minha trova.
A poesia só funciona
Se for humano o motor:
- minha trova é de sanfona
dispensa o computador.
Nem Dom Juan, nem Casanova,
simplesmente um trovador,
nas entrelinhas da trova
sopro recados de amor.
Sobre o silêncio onde acampo
dos meus sonhos a legião,
minha trova é um pirilampo
que pontilha a escuridão.
Se o coração se entedia,
não desço ao fundo da cova:
subo ao monte da Poesia
no fusca da minha trova.
Por ser o molde perfeito
do que o povo anda a cantar,
a trova tem todo o jeito
da cantiga popular.
A trova soa bem leve,
porém se torna mais rica,
no estilo em que Heine escreve
com as gafes que Freud explica...
Cartas de amor... Campo-santo
de um sonho amarelecido...
No tempo, diziam tanto!
Agora, não têm sentido!
Caro Poe, desculpa o estorvo,
- não sei se é tédio ou esplim...
Mas vê se enxotas o corvo
que pousou dentro de mim!
Dizia Dante Alighieri,
ou, talvez, um outro autor:
- Não há prazer que supere
um sofrimento de amor.
Não vejo por onde escapes
a esta lei, clara e sucinta:
Deus traça o destino a lápis
e és tu que o cobres com tinta...
Leitor, o livro, em verdade,
é seu. Pertence a você.
O autor só fez a metade.
Autor do resto... é quem lê.
Sávio Soares de Sousa, Rapsódia para sanfona. Niterói: Traço&Photo Editora, 2008, 62 p. Capa com ilustração de Miguel Coelho.
Esta seleção de trovas, quadras ao gosto popular como lhes chamou Fernando Pessoa, foram retiradas do livro Rapsódia para sanfona, lançado ontem, sábado, no Calçadão da Cultura da Livraria Ideal, em Niterói (telefone 55-21-2620-7361), do poeta, jornalista, crítico, advogado, Promotor e Procurador de Justiça, Sávio Soares de Sousa, primeiro presidente do Grupo de Amigos do Livro (hoje Grupo Mônaco de Cultura), que tanto realizou em favor da vida literária fluminense. E, continua, como se vê, a enriquecer, com mais este livro aparentemente singelo. E belo.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Maio/1968-Maio/2008 - 40 anos de ousadia na tela do Cine Arte UFF
A apresentação faz parte das comemorações dos 40 anos do Cine Arte UFF. 1968: ano da morte de Edson Luiz, da Passeata dos Cem Mil na Cinelândia, do famigerado AI-5, da Primavera de Praga, da morte de Martin Luther King, da revolução de costumes, movida a partir das barricadas de Paris [e, me permito acrescentar, do lançamento de O Estado e a Revolução, de Lênin, pela Diálogo, de Niterói, no mês de seu primeiro aniversário]:
"Foi também o ano - lembra Chutorianscy - em que alguns jovens sonhadores decidiram fazer cinema, desafiando a ditadura militar. Foi um filme construído coletivamente. Participei escrevendo roteiros e dirigindo alguns dos oito episódios, naquela momento mágico. Tinha 18 anos e muitos sonhos. Mas ainda continuamos a sonhar com o dia em que poderemos perguntar - Como vai, vai bem? - e ouviremos como resposta, Sim, tudo vai bem". O tema do debate - "De Maio de 1968 a Maio de 2008" - sugere um balanço e uma reflexão, sobre os sonhos e legados herdados pelas novas gerações.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias http://www.apn.org.br/
Vamos lá, raro leitor?
terça-feira, 20 de maio de 2008
Para uma avaliação das políticas culturais municipais: o caso de Niterói, por Rafael Nacif de Toledo Piza
Essa percepção de elevação da auto-estima é corroborada pela visibilidade que o município adquiriu a partir de uma pesquisa que revelou sua excelência em termos de qualidade de vida. (...)
Um dos antecedentes da criação desse ambiente de prosperidade foi certamente a campanha desenvolvida pelo secretário de cultura Aníbal Bragança logo no início do primeiro mandato de Jorge Roberto Silveira. Essa campanha espalhou adesivos e outdoors pela cidade, que exclamavam o orgulho de seus habitantes, uma ação de relações públicas que contou com a criação de um logotipo para a gestão que acabara de assumir. Criou uma identificação muito forte entre os moradores e a administração pública municipal, até porque esta contava, e ainda conta, com grande prestígio e base política. (...)
A Secretaria Municipal de Cultura de Niterói, de 1989 a 1999, desenvolveu sobretudo ações de preservação do patrimônio na cidade. No primeiro mandato (1989-1992), Jorge Roberto Silveira nomeou Aníbal Bragança como secretário de cultura e presidente interino da Fundação Niterói de Arte (Funiarte) – (...)
Entre os projetos previstos pelo secretário estavam a realização de um seminário de políticas culturais, por meio do qual se pretendia discutir com os segmentos da área e demais interessados um projeto cultural para a cidade, o que não ocorreu, embora tenha sido promovido um seminário sobre preservação e memória no Teatro da Universidade Federal Fluminense (UFF).
(...)
Na gestão de Bragança, desenvolveu-se a criação do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural (CMPPC) (...). O Conselho, cujo projeto de lei foi encaminhado à Câmara pelo então vereador Marcos Gomes, foi lançado com uma campanha de amor à cidade, que contava com logomarcas e slogans como “Niterói, eu adoro”, “Niterói, é hora de preservar” e “Niterói, ficando mais jovem”. Essa iniciativa contribuiu significativamente para a recuperação da auto-estima da população. A criação de áreas de preservação ambiental urbana, espécie de corredor cultural, também foi um projeto iniciado nessa gestão.
Com a saída do secretário por divergências internas, Ítalo Campofiorio, membro do CMPPC, assumiu o cargo, mantendo-o até a entrada de Marcos Gomes no segundo mandato de Jorge Roberto Silveira. As principais ações da gestão de Ítalo refletem uma continuidade do que foi iniciado na gestão de Anibal, avançando ns questões de preservação do patrimônio.
In Políticas públicas de cultura do Estado do Rio de Janeiro. 2003-2005, organizado por Cleisse Campos, Guilherme Lemos e Lia Calabre, publicado pela Sirius, Rio de Janeiro, em 2007, p. 181-196.
É oportuna, neste momento em que se recria o Conselho Municipal de Cultura de Niterói, a leitura de todo o artigo, que me foi, ontem, apresentado por Almir Miranda, aluno do prof. Wagner Morgan, que recomendou sua leitura no curso de Produção Cultural, do IACS-UFF.
A divulgação aqui do excerto acima, rara leitora, não tem uma justificativa. Explica-se apenas se lembrarmos o Eclesiastes: “Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.”
domingo, 18 de maio de 2008
Conselho Municipal de Cultura, de Niterói, renovado!
E você, rara leitora, o que acha?
Para facilitar, repasso o que recebi de informações:
O Conselho tem a seguinte atribuições:
"Art. 2º - O Conselho Municipal de Cultura é um órgão coletivo com a participação do Poder Público e da sociedade civil, que auxilia na elaboração e execução da política cultural do Governo Municipal, e que se fundamenta no princípio da transparência e da democratização da gestão cultural constituindo-se em instância permanente de intervenção qualificada da sociedade civil na formação de políticas de cultura".
Na próximo encontro serão fundadas as seguintes Câmaras:
* Produtores Culturais
* Instituições de Ensino Superior
* Serviço de Rádiodifusão
* Setor empresarial cultural e equipamentos locais
* Movimentos Sociais
* Artes cênicas
* Artes plásticas
* Cinema e vídeo
* Dança
* Literatura
* Música
Mais informações
http://www.culturaniteroi.com.br/conselho/
Próxima reunião
03/06/08 – 18h - Teatro Popular de Niterói
Mesa esclarecedora e fundação das Câmaras Setoriais
1º momento:
Inscrição dos participantes por área de interesse. Cada participante deve inscrever-se na câmara setorial da qual fará parte por todo o processo eleitoral e somente nela terá direito a candidatura e a voto.
2º momento:
Formação da mesa esclarecedora composta por um membro da comissão eleitoral e conselheiros de cultura de outras cidades (a confirmar).
3º momento:
Após o encerramento da mesa, serão fundadas as Câmaras Setoriais que terão como membros os inscritos por área de interesse. É nas Câmaras que serão eleitos os conselheiros e seus suplentes nos dois próximos encontros. A eleição obedecerá às regras a serem divulgadas pela
comissão eleitoral na ocasião.
Agradeço a Almir e espero que o raro ou rara leitora possa contribuir nesse processo que é de interesse permanente dos cidadãos niteroienses e não apenas, claro, dos atuais governantes, que, aliás, aparentemente, estão avançando com essa nova proposta de Conselho! Participe.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Jayro Xavier lança um novo livro
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Francisco Frias, recital no Teatro da UFF

O recital de Francisco Frias foi um dos pontos altos na solenidade em homenagem a este neoblogueiro, quando do recebimento do título de Intelectual do Ano 2007-2008, concedido pelo Grupo Mônaco de Cultura, de Niterói (RJ), em 1º de dezembro último.
Assista ao vídeo, rara ou raro leitor, de duas das peças ali apresentadas, clicando nos endereços abaixo:
Um arioso de Bach
http://br.youtube.com/watch?v=zvhgHYdQkk0
Estudo, de Villa-Lobos
http://br.youtube.com/watch?v=ft67LlV6HoA
Veja também:
Música de Invenção, no MAC – Niterói
http://br.youtube.com/watch?v=jelApiEt--M&NR=1
A foto é de Servus Dei.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Intelectual do Ano – Relato aos ausentes e presentes
O presidente Carlos Mônaco formou a mesa diretora com representantes de entidades da vida cultural niteroiense (leia o pos-scriptum).
Na platéia, que enchia o teatro, representantes da vida literária, universitária e artística da cidade, além de amigos, familiares e colegas.
Após o hino nacional, foi chamado ao palco o concertista e professor da UFF, Francisco Frias. Seu recital encantou e emocionou a todos, que o aplaudiram demoradamente.
A seguir, falou Carlos Mônaco, fazendo um histórico da homenagem Intelectual do Ano que o Grupo Mônaco de Cultura criou em 1987, relembrando as personalidades que a receberam até a edição anterior, a vigésima.
Seguiu-se a fala concisa do presidente do Grupo, jornalista e escritor Luís Antônio Pimentel.
Representando a Universidade expressou-se o Vice-Reitor, prof. Emmanuel Paiva de Andrade, manifestando regozijo pela homenagem e pela sua realização no espaço da UFF, dando as boas-vindas a todos.
Chamado a fazer a apresentação do homenageado, Roberto Santos Almeida, discursou generosa e brilhantemente sobre a trajetória deste neoblogueiro, desde sua chegada ao Brasil e à cidade de Niterói, em 1956, destacando aspectos de sua formação e atuação profissional.
A seguir foi feita a entrega ao homenageado da placa de prata, alusiva à distinção, por Carlos Mônaco, Luís Antônio Pimentel e Roberto Santos Almeida.
Assim, chegou a vez deste neoblogueiro apresentar seu discurso de agradecimentos àqueles que, desde que aportou no Brasil, o acolheram e ajudaram, incentivando o desenvolvimento de uma trajetória onde as dificuldades temperaram a determinação em busca dos objetivos superiores em que empenhou o melhor de seus esforços.
A seguir, deu-se o encerramento da solenidade e o início de uma grande confraternização entre os presentes, que se estendeu, para alguns, ao almoço no restaurante A Mineira, em S. Francisco.
Iglair Paes Lannes escreveu: “Escolha impecável do homenageado, bela cerimônia, belo recital do Francisco Frias, muitos amigos presentes”.
Veja os álbuns de fotografias disponíveis em:
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/AnBalBraganAIntelectualDoAnoFotosDocumentosMDia
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/AnBalBraganAIntelectualDoAnoFotosDeRicardoHallaisWalsh
Na ocasião, o vereador Fernando de Oliveira Rodrigues entregou ao homenageado Moção de Congratulações aprovada em sessão plenária de 27/11/2007 da Câmara Municipal de Niterói. O texto da moção, em documento assinado pelo proponente e pelo presidente do legislativo,
“O agraciado, por sua história memorável e trajetória de sucesso, com um currículo ímpar e uma vida repleta de realizações, conquistas e vitórias, e por ser um profissional reconhecido e pessoa digna, de mais lídima e honrosa conduta, reputação ilibada, homem e cidadão sério e íntegro, que sempre conduziu suas relações pessoais e profissionais com sinceridade, transparência e honestidade, legitima-se, definitivamente, a ser merecedor de mais esta justa e singela homenagem ora prestada.”
Leia a íntegra do documento em:
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/AnBalBraganAIntelectualDoAnoFotosDocumentosMDia/photo#5141316097440225522
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Aníbal Bragança, Intelectual do Ano

Este neoblogueiro, sim, rara leitora, foi escolhido pelo Grupo Mônaco de Cultura como Intelectual do Ano, uma honraria que eleva e distingue o nome de quem a recebe no cenário da vida literária niteroiense e mesmo na da Velha Província.
O Grupo Mônaco de Cultura foi fundado, com a denominação de Grupo de Amigos do Livro, em 16 de junho de 1957. A honraria “Intelectual do Ano” foi criada em 1987, quando o homenageado foi o jornalista Alberto Francisco Torres, então diretor-presidente de O Fluminense, tradicional jornal do Estado do Rio de Janeiro. Esta é, portanto, a sua 21a. edição.
A Livraria Ideal, à qual o Grupo Mônaco de Cultura está vinculado, é dirigida pelo mestre Carlos Silvestre Mônaco. Foi criada pelo seu pai, Silvestre Mônaco, e Emílio Petraglia. Comemorou em 2007 o seu 72º aniversário de fundação. Situa-se no Calçadão da Cultura, Rua Visconde de Itaboraí, 222, em Niterói (RJ). Tel. (21) 2620-7361.
A honraria tem como precursora e, talvez inspiradora, a conferida, desde 1963, pela União Brasileira de Escritores (UBE), com o mesmo título “Intelectual do Ano”, e que tem desde o início o patrocínio do jornal Folha de São Paulo, na qual cabe ao escolhido o Troféu Juca Pato.
Ao contrário da honraria concedida pela UBE, onde o prêmio é definido após escolha feita por voto de um colégio eleitoral amplo, esta é definida por consenso entre os integrantes do informal Grupo Mônaco de Cultura, presidido pelo jornalista e escritor Luís Antônio Pimentel. Na escolha feita pela UBE há também uma vinculação a uma obra publicada no ano anterior.
Esta modalidade, assim como a da escolha do patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, onde um colégio restrito escolhe dez nomes de escritores gaúchos que, após, são submetidos a uma consulta ampliada, ou mesmo a antiga – já extinta? – honraria anual Homem de Idéias criada pelo Jornal do Brasil, na qual o escolhido era fruto da votação dos já laureados, poderia ser lembrada para as futuras escolhas do Intelectual do Ano pelo Grupo Mônaco de Cultura. Fica a sugestão.
Supondo que, neste caso, o mérito da escolha cabe mais ao patrimônio de amizades construído durante décadas do que aos trabalhos desenvolvidos em favor da cultura niteroiense e do livro no Brasil, estaremos recebendo os amigos, colegas e familiares, e também a placa Intelectual do Ano 2007-2008, no Teatro da UFF (Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense), à Rua Miguel de Frias, 9, em Icaraí, Niterói (RJ), no próximo dia 1º de dezembro de 2007, sábado, às 10h.
Certamente o melhor do evento poderá ser o recital de violão, mesmo breve, do magistral músico Francisco Frias. Caberá a apresentação deste neoblogueiro ao consagrado professor e escritor Roberto Santos Almeida, crítico literário de O Fluminense. Uma honraria e tanto! Obrigado.
domingo, 17 de junho de 2007
Grupo Mônaco de Cultura faz 50 anos

Esse foi o marco inicial de um grupo que se constituiu festiva e informalmente em torno dos livreiros, de origem italiana, Silvestre Mônaco e Emílio Petraglia, fundadores da Livraria Ideal, em Niterói, Rio de Janeiro, e que ontem, sábado, 16 de junho, sob a atual direção do filho de Silvestre, Carlos Mônaco, completou 50 anos de contínuas atividades.
O primeiro “presidente” do Grupo, que redigiu a ata de fundação, o advogado, jornalista e poeta Sávio Soares de Sousa, relembrou sua história em bela palestra, e a seguir autografou seu último livro O canibal arrependido, editado por Paulo Roberto Cecchetti.
Com a presença do atual “presidente”, Luís Antônio Pimentel, poeta, jornalista e “enciclopédia viva da cidade”, foi relembrado também o economista e poeta Juvenille Pereira, que sucedeu a Sávio em 1975, quando o Grupo passou a se chamar Grupo Mônaco de Cultura, e que se manteve na “presidência” até falecer, em 1978, quando foi sucedido pelo “presidente” atual.
As comemorações, que mereceram inclusive um livreto de 16 páginas, produzido por Márcia Queiroz Erthal (projeto gráfico) e Luiz Augusto Erthal (direção editorial), com apresentação de Márcia Pessanha, editado pela NitPress, com toda a programação e a crônica “Começou assim...”, de Sávio Soares de Souza, vão estender-se. Em 29 de junho será inaugurada na Biblioteca Estadual de Niterói a “Exposição Fotográfica e Registros Jornalísticos”, com o acervo de Carlos Mônaco, referentes aos 50 anos de atividades do grupo, quando Sávio Soares de Sousa proferirá palestra sobre "O Grupo Mônaco e sua importância no movimento cultural de Niterói". O evento conta com apoio de Glória Blauth (diretora da Biblioteca) e do Cenáculo Fluminense de História e Letras e tem como organizadoras Márcia Pessanha, Liane Arêas, Edel Costa e Lúcia Motta.
A trajetória do imigrante Silvestre Mônaco, de engraxate a livreiro, foi o fio condutor da construção da obra Livraria Ideal, do cordel à bibliofilia, da lavra deste neoblogueiro, editada por Pasárgada e EdUFF, em 1999, com capa e projeto gráfico de Cassiana Rangel, atualmente esgotado, mas que está em processo de reedição pela Edusp. O texto reproduzido acima está na p. 145.