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domingo, 1 de novembro de 2009

De volta à atividade com uma boa notícia


Rara e raro leitor,
após tanto tempo sem trazer-lhes notícias, retorno ao convívio com o convite para um encontro no tradicional Calçadão da Cultura da Livraria Ideal, em Niterói, no próximo sábado, dia 7, quando serão apresentadas as novas edições dos livros Livraria Ideal, do cordel à bibliofilia, em caprichada edição da Edusp e Com-Arte, e do clássico do mestre Israel Pedrosa, Da cor à cor inexistente, em sua 10ª edição, comemorativa, agora a cargo da excelente editora do Senac.
Estará também disponível o último livro de ensaios do mestre da cor, que inclui um belo texto sobre Monteiro Lobato e a questão modernista.
Será uma oportunidade para encontros e reencontros entre amigos em torno de livros.
Quem sabe nos veremos lá?

Para saber mais sobre o livro Livraria Ideal, acesse a entrevista concedida à Rádio Usp, no programa Sala de Leitura, apresentado por Jorge Vasconcelos; está apresentada em dois programas de 5 minutos:

1a. parte (5'):http://www.radio.usp.br/programa.php?id=80&edicao=091020
2a. parte (5'):http://www.radio.usp.br/programa.php?id=80&edicao=091022

E aproveite para colocar o programa entre seus favoritos.

domingo, 28 de setembro de 2008

II Seminário Brasileiro sobre Livro e História Editorial

Este evento, juntamente com o Colóquio Internacional: Arquivos, história editorial e memória da vida literária (com patrocínio do Programa Petrobras Cultural), foi adiado.

Com realização prevista para novembro de 2008 (3 a 7), no Rio de Janeiro, foram transferidos para maio de 2009, certamente nos dias 11 a 15.

Lamentamos e pedimos desculpas por eventuais transtornos causados pela mudança.
Em breve daremos outras informações.

Faça seu comentário abaixo.

Para saber como foi o I Seminário Brasileiro sobre Livro e História Editorial e conhecer os textos apresentados acesse:
www.livroehistoriaeditorial.pro.br

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mitos e falácias sobre a leitura no Brasil


Entrevista com Aníbal Bragança
Ana Elisa Ribeiro


Viva Voz: É verdade que o brasileiro não lê?

Aníbal Bragança: Afirmações genéricas sempre levam ao
erro. Não são todos os brasileiros que não lêem, mas também
não são todos os franceses que lêem. A diferença é que
percentualmente muito mais franceses gostam de ler do que
brasileiros. E por quê? A primeira razão é que a maioria dos
brasileiros não sabe ler. Cerca de 75% não estão plenamente
alfabetizados e têm dificuldade de compreender textos,
especialmente os que têm alguma complexidade. E assim a
leitura não é prazerosa, o que leva ao desinteresse. Mas o
tema é muito complexo e tem a ver com outras variáveis:
tardia implantação das práticas de cultura letrada no país,
grande riqueza cultural nas práticas da oralidade, ignominiosa
desigualdade social, baixíssima valorização do trabalho, o que
leva as pessoas a trabalharem demais para sobreviver,
impedindo que haja tempo para um lazer variado e rico, etc.


VV: O que são as leituras "ideais"?

AB: Creio que uma resposta possível seja: as que são
prazerosas para o leitor e as que o enriquecem. Para o autor
são aquelas que mostram que as sementes lançadas
germinaram no espírito do leitor.


VV: Que relação existe ou deveria existir entre a escola
e a formação de leitores?

AB: A escola deve ampliar o repertório cultural do aluno e,
não, formatá-lo. Assim, uma das experiências que a escola
deverá propiciar aos alunos é a do prazer da leitura, que só se
consegue aprendendo a ler, e isto, só praticando a leitura.
Para isso é necessário que o professor seja leitor. E a maioria
dos professores se inclui entre os que não podem ler ou não
são atraídos pelas práticas de leitura. O que torna um
fracasso também nesta área a atuação da escola brasileira.
Mas, felizmente, existem exceções que confirmam a regra.


Estas são, rara leitora, algumas das perguntas e respostas da entrevista concedida a Ana Elisa Ribeiro publicada no caderno Viva Voz – Conversas com editores, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FALE-UFMG), organizado por Ana Elisa Ribeiro e Carla Viana Coscarelli, em 2007.

Para ler a íntegra da entrevista clique:
http://cultura-letrada.googlegroups.com/web/Anibal+Bragan%C3%A7a+Entrevista+concedida+a+Ana+Elisa+Ribeiro.pdf?gda=KvHVwXMAAADb6glB4DZg5YMQmMJOrJeFlbjfn1_9q3NpFWX79l20bvMdd4VEW7SuVPUzbQctQmGeH9u07QeK5PTZk_tCwDiVlkq1S9kKvTDEHXCRzdlz9sQ_qiURPYqkUWmLZDqR7GcytiJ-HdGYYcPi_09pl8N7FWLveOaWjzbYnpnkpmxcWg

ou acesse Arquivos do E-Grupo Cultura Letrada:
http://groups.google.com/group/cultura-letrada

Para ler a íntegra do caderno Viva Voz – Conversas com editores, acesse:
http://www.letras.ufmg.br/site/publicacoes/download/conversaseditores.pdf

Sumário:

Apresentação . 5
Ana Elisa Ribeiro
Carla Viana Coscarelli

Mitos e falácias sobre a leitura no Brasil . 7
Entrevista com Aníbal Bragança

Produção de livros e tino comercial . 14
Entrevista com Raquel T. Yehezkel

A Autêntica Editora e a produção de livros . 21
Entrevista com Rejane Dias dos Santos

O bom revisor de textos . 27
Entrevista com Plínio Martins Filho

Editores e escritores . 30
Bate-papo com vários editores

terça-feira, 20 de maio de 2008

Para uma avaliação das políticas culturais municipais: o caso de Niterói, por Rafael Nacif de Toledo Piza

Diz-se que a auto-estima da população niteroiense, em mais de dez anos de gestão de um mesmo partido na administração municipal – desde 1989, com a eleição de Jorge Roberto Silveira e o subseqüente mandato de João Sampaio (1993-1996), seguido novamente por Jorge Roberto (1997-2000) –, elevou-se a níveis mais próximos da dignidade de um município que já foi capital da Província do Rio de Janeiro, em 1835, e capital do Estado até 1975, motivo pelo qual se espalham pela urbe construções suntuosas, palácios que abrigaram instâncias de poder político com expressão nacional, como o Museu do Ingá e o Palácio Araribóia, por exemplo. Além disso, é importante lembrar que Niterói também sedia uma universidade federal.

Essa percepção de elevação da auto-estima é corroborada pela visibilidade que o município adquiriu a partir de uma pesquisa que revelou sua excelência em termos de qualidade de vida. (...)

Um dos antecedentes da criação desse ambiente de prosperidade foi certamente a campanha desenvolvida pelo secretário de cultura Aníbal Bragança logo no início do primeiro mandato de Jorge Roberto Silveira. Essa campanha espalhou adesivos e outdoors pela cidade, que exclamavam o orgulho de seus habitantes, uma ação de relações públicas que contou com a criação de um logotipo para a gestão que acabara de assumir. Criou uma identificação muito forte entre os moradores e a administração pública municipal, até porque esta contava, e ainda conta, com grande prestígio e base política. (...)

A Secretaria Municipal de Cultura de Niterói, de 1989 a 1999, desenvolveu sobretudo ações de preservação do patrimônio na cidade. No primeiro mandato (1989-1992), Jorge Roberto Silveira nomeou Aníbal Bragança como secretário de cultura e presidente interino da Fundação Niterói de Arte (Funiarte) – (...)

Entre os projetos previstos pelo secretário estavam a realização de um seminário de políticas culturais, por meio do qual se pretendia discutir com os segmentos da área e demais interessados um projeto cultural para a cidade, o que não ocorreu, embora tenha sido promovido um seminário sobre preservação e memória no Teatro da Universidade Federal Fluminense (UFF).

(...)
Na gestão de Bragança, desenvolveu-se a criação do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural (CMPPC) (...). O Conselho, cujo projeto de lei foi encaminhado à Câmara pelo então vereador Marcos Gomes, foi lançado com uma campanha de amor à cidade, que contava com logomarcas e slogans como “Niterói, eu adoro”, “Niterói, é hora de preservar” e “Niterói, ficando mais jovem”. Essa iniciativa contribuiu significativamente para a recuperação da auto-estima da população. A criação de áreas de preservação ambiental urbana, espécie de corredor cultural, também foi um projeto iniciado nessa gestão.

Com a saída do secretário por divergências internas, Ítalo Campofiorio, membro do CMPPC, assumiu o cargo, mantendo-o até a entrada de Marcos Gomes no segundo mandato de Jorge Roberto Silveira. As principais ações da gestão de Ítalo refletem uma continuidade do que foi iniciado na gestão de Anibal, avançando ns questões de preservação do patrimônio.


In Políticas públicas de cultura do Estado do Rio de Janeiro. 2003-2005, organizado por Cleisse Campos, Guilherme Lemos e Lia Calabre, publicado pela Sirius, Rio de Janeiro, em 2007, p. 181-196.

É oportuna, neste momento em que se recria o Conselho Municipal de Cultura de Niterói, a leitura de todo o artigo, que me foi, ontem, apresentado por Almir Miranda, aluno do prof. Wagner Morgan, que recomendou sua leitura no curso de Produção Cultural, do IACS-UFF.

A divulgação aqui do excerto acima, rara leitora, não tem uma justificativa. Explica-se apenas se lembrarmos o Eclesiastes: “Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.”

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Aníbal Bragança: O pretérito futuro do livro




Foto 1: Mesa com Gilson Rangel Rolim, Antônio Soares de Oliveira, Jorge Fernando Loretti, Aníbal Bragança, Carlos Silvestre Mônaco e Wanderlino Teixeira Leite Netto. De costas, Sávio Soares de Sousa. Foto 2; na platéia, Roberto Kahlmeyer-Mertens, Sávio Soares de Sousa, Márcia Pessanha e Luís Antônio Pimentel, de camisa asul, que gravou em áudio as intervenções sobre o tema. As fotos são da câmera de Roberto Kahlmeyer-Mertens, autor de Verdade-Metafísica-Poesia. Um ensaio de filosofia a partir dos haicais de Luís Antônio Pimentel, Nitpress, 2007.
No dia 16 do corrente mês de abril, a partir da iniciativa do acadêmico Gilson Rangel Rolim, foi realizada mesa-redonda na Academia Niteroiense de Letras para discutir “O futuro do livro face às inovações tecnológicas”. Da mesa fizeram parte o escritor Wanderlino Teixeira Leite Netto, o livreiro Carlos Silvestre Mônaco e este blogueiro, que apresentou uma síntese de seu artigo “O pretérito futuro do livro”, nascido de uma palestra que fez no II Congresso de História do Livro e da Leitura, realizado na Unicamp, e publicado no livro Cultura letrada no Brasil, objetos e práticas, organizado por Márcia Abreu e Nelson Schapochnik, p. 487-498, editado pela Mercado de Letras e Associação de Leitura do Brasil, ambas de Campinas, com apoio da Fapesp, em 2005.

As discussões foram acaloradas, embora, como seria de esperar em uma academia de letras, a tônica tenha sido a de confiança na permanência do livro impresso em nossas vidas e na sociedade. Estiveram também na mesa (ver fotos), além dos convidados e do mediador Gilson Rangel Rolim, Antônio Soares de Oliveira, primeiro secretário, e Jorge Fernando Loretti, presidente da ANL.

Presentes, prestigiando o evento, vários acadêmicos, escritores niteroienses e outros interessados no tema. A reunião durou cerca de 150 minutos e, ao encerrar-se, ficou evidente que estávamos numa casa que cultua o livro e a leitura, embora o encerramento, a cargo do presidente Loretti, tenha apontado para além da galáxia de Gutenberg! Foi intensamente aplaudido.

Para ler a íntegra do artigo “O pretérito futuro do livro”, acesse
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/OPretRitoFuturoDoLivroPorAnBalBraganA
ou
http://groups.google.com/group/cultura-letrada/files

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

“O ano do Porco é um ano de plenitude.”

A afirmação acima foi pinçada do livro Manual do Horóscopo Chinês, de Theodora Lau, publicado pela editora Pensamento (7a. edição, p. 210). Mesmo tendo sido num ano do Porco (ou Javali) em que recebi um dos maiores presentes na vida, o nascimento de minha filha Joana, nem sempre ele foi um ano favorável a este neoblogueiro nascido em um ano do Macaco. Entretanto, como acertadamente assinalou o amigo Cláudio Giordano, 2007 foi, para mim, um ano generoso e pródigo em alegrias.

Além de ter recebido a Medalha Professor Felisberto de Carvalho, concedida pela Câmara Municipal de Niterói em reconhecimento a serviços prestados na área da Educação, por iniciativa do vereador André Diniz, atual Secretário de Cultura, e o título Intelectual do Ano, concedido pelo Grupo Mônaco de Cultura, presidido por Luís Antônio Pimentel, honrarias que devemos, especialmente, às amizades construídas através de e com os livros (leia algumas referências do que disseram sobre livros e amizade o nosso poeta maior, Carlos Drummond de Andrade, e o filósofo alemão Peter Sloterdijk, em nossa postagem de abril de 2007, dia 6 - no arquivo, ao lado), tivemos também, no âmbito dos trabalhos acadêmicos, excelentes notícias.

O LIHED (Núcleo de Pesquisa sobre Livro e História Editorial no Brasil), que coordenamos no IACS/UFF, teve dois projetos aprovados para o recebimento de apoios: "Memória Editorial: preservando fontes primárias para a história da vida literária brasileira (1854-1954)", aprovado no Programa Petrobrás Cultural e na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), do MinC, irá receber investimentos com base na Lei Rouanet.

E, ainda, o projeto para a criação do Centro de Memória Editorial na Universidade Federal Fluminense (UFF), submetido à Faperj (Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), também foi aprovado e já teve recursos liberados para sua implementação.

Assim, após um ano de colheitas, podemos esperar que 2008 seja um ano de muitos trabalhos e, assim, uma grande oportunidade de crescimento.

Obrigado a Deus e aos homens e mulheres participantes desta comunidade de amor aos livros, à vida, à ética, à amizade desinteressada, pelo ano de plenitude que nos foi dado vivenciar em 2007.

Boas Festas e um Ano Novo de realizações e sucessos, de paz e felicidade, é o que lhes desejamos, rara e raro leitores, responsáveis pelo tempo que dedicamos a este espaço, criado a 3 de março de 2007, com uma postagem em homenagem à relação da criança com o livro, através das experiências de minha neta Ana, filha de Joana, meu presente maior em 1971, um Ano do Porco.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Francisco Frias, recital no Teatro da UFF





O recital de Francisco Frias foi um dos pontos altos na solenidade em homenagem a este neoblogueiro, quando do recebimento do título de Intelectual do Ano 2007-2008, concedido pelo Grupo Mônaco de Cultura, de Niterói (RJ), em 1º de dezembro último.

Assista ao vídeo, rara ou raro leitor, de duas das peças ali apresentadas, clicando nos endereços abaixo
:

Um arioso de Bach
http://br.youtube.com/watch?v=zvhgHYdQkk0

Estudo, de Villa-Lobos
http://br.youtube.com/watch?v=ft67LlV6HoA

Veja também:
Música de Invenção, no MAC – Niterói

http://br.youtube.com/watch?v=jelApiEt--M&NR=1

A foto é de Servus Dei.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

No Seminário Nacional PNLL - Bibliotecas no +Cultura

Biblioteca Estadual de Niterói. Foto da década de 1950. Fonte: Livraria Ideal, do cordel à bibliofilia, 1999,
deste neoblogueiro, editado pela Eduff/Pasárgada.

Atendendo a convite do professor José Castilho Marques Neto, secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), este neoblogueiro participou do Seminário Nacional PNLL – Bibliotecas no +Cultura, realizado no Hotel Mercure (Paraíso), em São Paulo, nos dias 11 e 12 do corrente mês de dezembro.

Segundo a proposta dos organizadores, a finalidade do Seminário, ao reunir o Comitê Diretivo e Coordenação Executiva do PNLL, a Coordenadoria do Livro e da Leitura do MinC, representada por Jéferson Assunção, e Carlos Alberto Xavier, do MEC, especialistas em leitura e bibliotecas e líderes de experiências exitosas na área, foi a de obter sugestões para uma estratégia de implantação dos primeiros programas em todos os níveis do programa +Cultura, formatando metodologias, planejamento, procedimentos práticos e critérios de escolha das sedes dos primeiros projetos pilotos.

Tais sugestões irão oferecer subsídios para o Estado nas ações do programa de bibliotecas, de forma a reunir e otimizar forças, recursos humanos e financeiros, buscando resultados com maior grau de eficiência.

O evento foi aberto com brilhante exposição de Gonzalo Oyarzún S., diretor da Biblioteca de Santiago, http://www.bibliotecadesantiago.cl/ , que pode ser definida como uma “biblioteca pública do século XXI”.

Seguiram-se três mesas-redondas com os seguintes temas: “Bibliotecas referenciais e bibliotecas-parques”, “Bibliotecas médias e pequenas” e “Pontos e pontões de leitura – Bibliotecas Comunitárias”.

Após dois dias de debates, os resultados foram sintetizados no relatório final, onde as diferentes contribuições poderão significar o alcance pleno dos objetivos propostos.
Para outras informações sobre o Programa Mais+Cultura do governo federal, acesse:
http://www.cultura.gov.br/site/?p=8237

Veja pequeno álbum de fotografias do Seminário: http://picasaweb.google.com/anibalbraganca/SeminRioNacionalPNLLBibliotecasNoCultura

A Biblioteca Estadual de Niterói foi lembrada durante as discussões, dentre outras, como uma das possíveis bibliotecas referenciais a serem beneficiadas pelo programa +Cultura. Criada em 1935, esta foi a biblioteca central do antigo Estado do Rio de Janeiro, e é hoje a segunda biblioteca pública em importância no Estado. Com 75 mil volumes, guarda preciosidades da memória fluminense, incluindo livros e documentos raros.
Segundo Ana Lígia Medeiros, diretora do Departamento Geral de Bibliotecas do Estado do Rio: “Pela sua história e também pela sua arquitetura, a Biblioteca Estadual de Niterói deve oferecer ao cidadão acomodações mais modernas”. Hoje, afirma, “recebemos cerca de 400 pessoas por dia, mas temos possibilidade de ampliar esse público”.

A BEN está instalada num prédio em estilo neoclássico, tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, ocupando uma área de 1500m2, em dois pavimentos, na bela Praça da República, no centro de Niterói. Ali funcionam as salas de pesquisa e empréstimo domiciliar, sala de cursos e salão para exposições, além da Academia Fluminense de Letras.

Em recente visita à BEN, o Deputado Rodrigo Neves prometeu empenhar-se na busca de recursos para as obras do prédio que há 25 anos não passa por uma reforma abrangente.
Para mais informações, acessar:
http://www.bperj.rj.gov.br/eventos.asp?mes=10&ano=2007

sábado, 8 de dezembro de 2007

Intelectual do Ano – Relato aos ausentes e presentes


Fotografias de Ricardo Hallais Walsh gentilmente cedidas.
Conforme previsto, aconteceu no Teatro da UFF, a solenidade de entrega do título de Intelectual do Ano, 2007/2008, a este neoblogueiro, no último dia 1º, sábado. Com os amigos sendo recebidos pelo homenageado na entrada, foi com algum atraso que se deu o início dos trabalhos, marcado para as 10h.

O presidente Carlos Mônaco formou a mesa diretora com representantes de entidades da vida cultural niteroiense (leia o pos-scriptum).

Na platéia, que enchia o teatro, representantes da vida literária, universitária e artística da cidade, além de amigos, familiares e colegas.

Após o hino nacional, foi chamado ao palco o concertista e professor da UFF, Francisco Frias. Seu recital encantou e emocionou a todos, que o aplaudiram demoradamente.

A seguir, falou Carlos Mônaco, fazendo um histórico da homenagem Intelectual do Ano que o Grupo Mônaco de Cultura criou em 1987, relembrando as personalidades que a receberam até a edição anterior, a vigésima.

Seguiu-se a fala concisa do presidente do Grupo, jornalista e escritor Luís Antônio Pimentel.

Representando a Universidade expressou-se o Vice-Reitor, prof. Emmanuel Paiva de Andrade, manifestando regozijo pela homenagem e pela sua realização no espaço da UFF, dando as boas-vindas a todos.

Chamado a fazer a apresentação do homenageado, Roberto Santos Almeida, discursou generosa e brilhantemente sobre a trajetória deste neoblogueiro, desde sua chegada ao Brasil e à cidade de Niterói, em 1956, destacando aspectos de sua formação e atuação profissional.

A seguir foi feita a entrega ao homenageado da placa de prata, alusiva à distinção, por Carlos Mônaco, Luís Antônio Pimentel e Roberto Santos Almeida.

Assim, chegou a vez deste neoblogueiro apresentar seu discurso de agradecimentos àqueles que, desde que aportou no Brasil, o acolheram e ajudaram, incentivando o desenvolvimento de uma trajetória onde as dificuldades temperaram a determinação em busca dos objetivos superiores em que empenhou o melhor de seus esforços.
Leia a íntegra do discurso "Ser ou não intelectual", clicando aqui:

A seguir, deu-se o encerramento da solenidade e o início de uma grande confraternização entre os presentes, que se estendeu, para alguns, ao almoço no restaurante A Mineira, em S. Francisco.

Iglair Paes Lannes escreveu: “Escolha impecável do homenageado, bela cerimônia, belo recital do Francisco Frias, muitos amigos presentes”.

Veja os álbuns de fotografias disponíveis em:
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/AnBalBraganAIntelectualDoAnoFotosDocumentosMDia
e
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/AnBalBraganAIntelectualDoAnoFotosDeRicardoHallaisWalsh
Na ocasião, o vereador Fernando de Oliveira Rodrigues entregou ao homenageado Moção de Congratulações aprovada em sessão plenária de 27/11/2007 da Câmara Municipal de Niterói. O texto da moção, em documento assinado pelo proponente e pelo presidente do legislativo,
vereador José Vicente Filho, afirma em seu último parágrafo:

“O agraciado, por sua história memorável e trajetória de sucesso, com um currículo ímpar e uma vida repleta de realizações, conquistas e vitórias, e por ser um profissional reconhecido e pessoa digna, de mais lídima e honrosa conduta, reputação ilibada, homem e cidadão sério e íntegro, que sempre conduziu suas relações pessoais e profissionais com sinceridade, transparência e honestidade, legitima-se, definitivamente, a ser merecedor de mais esta justa e singela homenagem ora prestada.”

Leia a íntegra do documento em:
http://picasaweb.google.com.br/anibalbraganca/AnBalBraganAIntelectualDoAnoFotosDocumentosMDia/photo#5141316097440225522
Os ritos marcam de forma indelével a vida das pessoas. Obrigado a todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para que fosse tão feliz esse momento, aos que estiveram presentes e todos os que, ausentes fisicamente, se manifestaram de diferentes formas, como telefonemas, telegramas, cartas e cumprimentos. Este, rara e raro leitor, será um dos mais ricos em significados na memória deste neoblogueiro.
PS: A mesa diretora dos trabalhos, composta pelo seu presidente, Carlos Mônaco, foi integrada por Jorge Loretti, desembargador e ex-professor da UFF, presidente da Academia Niteroiense de Letras; Edmo Rodrigues Lutterbach, promotor e procurador de Justiça, presidente da Academia Fluminense de Letras, Luís Antônio Pimentel, presidente do Grupo Mônaco de Cultura, Márcia Pessanha, presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras, professora e diretora da Faculdade de Educação da UFF, José Alfredo de Carvalho, presidente da Academia Brasileira de Literatura, Mila Barbosa, presidente da Associação Niteroiense de Escritores, Salvador Mata da Silva, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Tomaz Lima, presidente do Centro da Comunidade Luso-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro, Orlando Cerveira, presidente do Clube Português de Niterói, e Neide Barros Rego, diretora do Centro Cultural Maria Sabina. Integraram também a mesa: Emmanuel Paiva de Andrade, professor e vice-reitor da UFF, Humberto Machado, professor e pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFF, Maria Felisberta Trindade, professora da UFF e presidente do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói, além de Roberto Santos Almeida, escritor e professor da UFF, que iria fazer a apresentação do homenageado, e este.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Aníbal Bragança, Intelectual do Ano



Este neoblogueiro, sim, rara leitora, foi escolhido pelo Grupo Mônaco de Cultura como Intelectual do Ano, uma honraria que eleva e distingue o nome de quem a recebe no cenário da vida literária niteroiense e mesmo na da Velha Província.

O Grupo Mônaco de Cultura foi fundado, com a denominação de Grupo de Amigos do Livro, em 16 de junho de 1957. A honraria “Intelectual do Ano” foi criada em 1987, quando o homenageado foi o jornalista Alberto Francisco Torres, então diretor-presidente de O Fluminense, tradicional jornal do Estado do Rio de Janeiro. Esta é, portanto, a sua 21a. edição.

A Livraria Ideal, à qual o Grupo Mônaco de Cultura está vinculado, é dirigida pelo mestre Carlos Silvestre Mônaco. Foi criada pelo seu pai, Silvestre Mônaco, e Emílio Petraglia. Comemorou em 2007 o seu 72º aniversário de fundação. Situa-se no Calçadão da Cultura, Rua Visconde de Itaboraí, 222, em Niterói (RJ). Tel. (21) 2620-7361.

A honraria tem como precursora e, talvez inspiradora, a conferida, desde 1963, pela União Brasileira de Escritores (UBE), com o mesmo título “Intelectual do Ano”, e que tem desde o início o patrocínio do jornal Folha de São Paulo, na qual cabe ao escolhido o Troféu Juca Pato.

Ao contrário da honraria concedida pela UBE, onde o prêmio é definido após escolha feita por voto de um colégio eleitoral amplo, esta é definida por consenso entre os integrantes do informal Grupo Mônaco de Cultura, presidido pelo jornalista e escritor Luís Antônio Pimentel. Na escolha feita pela UBE há também uma vinculação a uma obra publicada no ano anterior.

Esta modalidade, assim como a da escolha do patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, onde um colégio restrito escolhe dez nomes de escritores gaúchos que, após, são submetidos a uma consulta ampliada, ou mesmo a antiga – já extinta? – honraria anual Homem de Idéias criada pelo Jornal do Brasil, na qual o escolhido era fruto da votação dos já laureados, poderia ser lembrada para as futuras escolhas do Intelectual do Ano pelo Grupo Mônaco de Cultura. Fica a sugestão.

Supondo que, neste caso, o mérito da escolha cabe mais ao patrimônio de amizades construído durante décadas do que aos trabalhos desenvolvidos em favor da cultura niteroiense e do livro no Brasil, estaremos recebendo os amigos, colegas e familiares, e também a placa Intelectual do Ano 2007-2008, no Teatro da UFF (Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense), à Rua Miguel de Frias, 9, em Icaraí, Niterói (RJ), no próximo dia 1º de dezembro de 2007, sábado, às 10h.

Certamente o melhor do evento poderá ser o recital de violão, mesmo breve, do magistral músico Francisco Frias. Caberá a apresentação deste neoblogueiro ao consagrado professor e escritor Roberto Santos Almeida, crítico literário de O Fluminense. Uma honraria e tanto! Obrigado.