O Brasil é o país da América Latina com a menor porcentagem de universitários em instituições públicas, revela um estudo da Unesco apresentado na Conferência Regional de Educação Superior, encerrado ontem em Cartagena. A comparação exclui o Paraguai, o Equador e a Guatemala, que não tinham esses dados disponíveis. De acordo com o estudo, apenas 27% dos universitários brasileiros freqüentam faculdades públicas, número bastante inferior a países como México (66%) e Argentina (75%). Depois do Brasil, a menor porcentagem é de El Salvador (34%).
O Brasil também figura entre os países com menor crescimento relativo de vagas em instituições públicas. Entre 2000 e 2006, a porcentagem de matriculados em ensino superior público caiu de 35% para 27%. Só a Bolívia teve uma redução percentual maior na América do Sul. Há números disponíveis para 15 países, incluindo os mais populosos (Brasil, México, Argentina e Colômbia).
O levantamento, intitulado Mapa da Educação Superior, mostra que 55,8% dos universitários estão em instituições públicas na América Latina e no Caribe. Mas, quando se exclui o Brasil do total, esse índice sobe para 66,6%.
O Brasil apresenta ainda uma das menores taxas de cobertura universitária entre 20 países da região, incluindo os mais populosos. Apenas 18,7% dos jovens de 17 a 24 anos têm acesso à educação superior, porcentagem pouco maior do que a do México (18,1%) e muito inferior à cobertura argentina (45,6%).
Leia na Folha de São Paulo, de hoje, a matéria de Fabiano Maisonnave, enviado especial a Cartagena (Colômbia). Acesso ao texto completo, na rede, a assinantes da Folha e do UOL http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0706200818.htm .
Os indicadores sociais de Educação são, em geral, desastrosos e lamentáveis em relação ao presente e ao futuro do país, ainda mais considerando-se o que paga o Brasil, inescrupulosamente, de juros de sua dívida pública, pessimamente administrada, em relação aos interesses do país, pela gerência do Banco Central entregue a banqueiros, pelo atual e pelos anteriores governantes.
Assim, tirando o setor de pós-graduação, onde o país tem indicadores positivos, nos demais, desde o jardim de infância até ao terceiro grau, observam-se dados vergonhosos, inclusive em relação aos demais países latinoamericanos. E quando se reclamam verbas para Educação há ferrenha oposição desses banqueiros que administram os recursos públicos, que só pensam “naquilo”, aumentar a taxa de juros que alimentam seus balanços e seus lucros, mesmo quando ela já é campeã no mundo. Até quando a mídia, o congresso e a sociedade brasileira assistirão passivamente a esse crime de lesa-pátria?
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