segunda-feira, 26 de março de 2007

A palavra, de Carlos Drummond de Andrade

Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.


In cartaz da Exposição Comemorativa dos 80 Anos de Carlos Drummond de Andrade.
Biblioteca Nacional – Rio de Janeiro – Brasil, 1982.

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