Tenho guardadas as escassas
horas
e as visões solenes
de Coimbra, do Porto,
os desenhos peninsulares
e sopros do Tejo
nas veias ibéricas do norte.
Trago o fado
no ardente peito
faço-me inteiro
ternura
sina e
saudade.
Estou cercado de ti, Lisboa dos
meus presságios. Ergo daqui meu
vinho verde
- para ver-te -
bem ao pé da Baixa
e seguir a Belém; depois
Faro, Óbidos e Santarém.
Oculto-me em trapos e versos
para abraçar-te, incólume Portugal do sol
vespertino. E deito-me, no leito de alvas
pedras, no mar da Ericeira.
In Vinho e verso. Manaus: Editora Valer http://www.valer.com.br/ . 2005, p. 29. Ilustração da capa: Miguel Coelho
3 comentários:
Aníbal
Foi com imenso prazer que encontrei no seu blog esse poema do Renato Augusto, meu bom amigo e companheiro de algumas empreitadas literárias. Conheço Vinho e Verso, mas é sempre agradável reler versos que falam ao coração. Vê-se, portanto que suas páginas continuam semeando bons momentos para aqueles que se acostumaram a procurar as suas novidades. Abraços da Gracinda.
Renato no seu melhor! Conheci o Renato em Istambul há 8 anos e ficamos amigos, ele me ofereceu inclusivamente 2 livros seus que tive o prazer de ler: "Porto de Ocasos" e "Poesia do que eu quis". Tenho a morada dele em Niterói, mas gostaria de ter o endereço de e-mail. Se vcs souberem por favor me informem.
Agradeço!
Renato no seu melhor! Conheci o Renato em Istambul há 8 anos e ficamos amigos, ele me ofereceu inclusivamente 2 livros seus que tive o prazer de ler: "Porto de Ocasos" e "Poesia do que eu quis". Tenho a morada dele em Niterói, mas gostaria de ter o endereço de e-mail, para não perder o contacto. Se vcs souberem por favor me informem.
Agradeço!
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